30 de novembro de 2016

Diário #NaNoWriMo - The Good, the Bad and the Ugly


Novembro acabou. Tinha um milhão de planos para esse mês, dentre os quais, fazer o NaNoWriMo e manter um diário semanal da escrita. Mas, no meio do caminho tinha uma pedra, tinha uma pedra no meio do caminho e acabei não conseguindo fazer nenhum dos dois.

Eu já comentei mais de uma vez cá no blog que 2016 tem sido um ano difícil, com perdas e doenças graves entre amigos próximos e familiares. Novembro entrou com o início de um tratamento pesado de uma tia que já sabemos, a essa altura, ser apenas um paliativo; um susto no preventivo da D. Mãe (que, pelo menos essa graça, foi apenas um susto); uma gripe pesada que me nocauteou; bombas no trabalho para desarmar e a revisão de todo o trabalho do semestre para escrever o relatório de metas.

A despeito de tudo isso, eu estou feliz de ter decidido participar do NaNoWriMo esse ano. Fiquei bem longe das cinquenta mil palavras (fiz um pouco mais que dez mil até o momento), mas não achava que a história que estava escrevendo ia precisar de todo esse tamanho para chegar ao seu fim. Pelo meu esquema de capítulos, consegui chegar quase na metade do enredo.

Eu poderia, sim, ter terminado de escrever o que tinha planejado… o problema é que diante de tantos problemas que foram surgindo ao longo de novembro, jogar em cima uma história pesada como a que comecei - com temas como tirania, censura e perda - ficou meio inviável. Eu provavelmente teria tido mais sorte se tivesse decidido trabalhar com uma comédia episódica, algo no estilo do que fiz em Na sua Estante; mas a verdade é que Os Colecionadores é uma história que está há tanto tempo na minha cabeça que não está me deixando pensar nem escrever nada diferente.

Isso não significa que estou chorando as pitangas por não ter ‘vencido’ o desafio. Não foi um fracasso. O resumo da história é que não terminei de escrever para o NaNoWriMo, mas o projeto me deu fôlego o suficiente para conseguir colocar no papel algo que eu queria desesperadamente escrever e que vou decididamente continuar. Ele foi uma desculpa perfeita para deixar de me dar desculpas e começar.

E decididamente, ano que vem, irei participar de novo. Mas antes, vou terminar o que comecei. Dezembro ainda vai ser corrido, mas janeiro deve ser um mês um pouco mais tranquilo com a suspensão dos prazos na Justiça. Além disso, o NaNoWriMo, somado ao último livro do Bradbury que li (a quem interessar possa, foi O Zen e a Arte da Escrita), deram-me a ideia de tentar, ano que vem, escrever um conto (nem que seja um mini-conto) ao menos uma vez por semana. Já fiz isso antes (de novo, Na sua Estante, que representaram dois anos de posts semanais quase novelescos), então não acho que seja uma resolução que vá me fazer querer pular pela janela.

E, claro, tentar retomar uma outra história que abandonei há tempos, mas pela qual sempre tive muito carinho: Ases, meu romance de banca de época, porque consumir doses cavalares de romances do século XIX me dá vontade de escrever no mesmo período.

Vamos torcer para que 2017 seja um ano menos carregado que esse que vai terminando, e que todos esses projetos possam se desenvolver e eu não surte no meio do caminho com a quantidade de sarna que procuro para me coçar.


A Coruja


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