8 de março de 2015

Meme do Autor || Dia 08: Qual a sua maior implicância como leitor e escritor?

Lulu: Eu tenho certa cisma com pretérito-mais-que-perfeito. Quando reviso o texto de alguém, termino por sair mudando todos os verbos que não necessitem estritamente desse tempo verbal. Tem muita gente que tem vício de pretérito-mais-que-perfeito e isso às vezes mata a história pra mim.

Não é que eu seja uma nazista da gramática, é só que me dá agonia, dá para entender?

Também não sou uma grande fã de mesóclises. A depender do perfil do personagem, elas talvez sejam necessárias, mas eu geralmente evito porque me dá uma impressão de truncado da fluidez do texto. E eu meio que automaticamente assumo que um personagem que fale em mesóclises no discurso cotidiano (dirigindo-se ao açougueiro ou o padeiro, por exemplo) é um esnobe insuportável.

Também tenho implicância com a nova ortografia portuguesa. Blé.

O quê? Eu nunca disse que eu era normal, disse?

Dani: Doidinha... XD

Ísis: Uh-oh. É aqui que o bicho pega entre eu e a Lu. Adoro tanto o pretérito mais-que-perfeito, quanto mesóclises (e próclises também). Incidentalmente, também adoro crases e tremas. E adoro usar os verbos conjugados da segunda pessoa, “tu”, e isso tanto escrevendo, quanto falando (apesar de, de uns tempos pra cá, ter começado a esquecer de muitas conjugações dele)... Lu, não me odeie, por favor! >.<

Lulu: Não te odeio. Entendo seu ponto, acho que cada um deve se sentir à vontade com a própria língua. Cada um tem suas próprias neuroses...

Ísis: Obviamente que tenho uma visão totalmente deturpada do Português (apesar de adorar essa língua), mas usar o “tu”, na minha visão, é mais íntimo. Costumamos discutir muito nesse ponto.

Como leitora, não gosto de textos que pareçam cortados ou personagens mal aproveitados. O primeiro caso, por exemplo, ocorre quando há mudanças de espaço e/ou tempo repentinas (a menos que seja o estilo da narrativa ficar pulando no tempo), sem uma transição fluida. No segundo, é quando se cria um personagem, trabalha-se/descreve-se bem o mesmo, mas lhe dá um destaque ínfimo, muitas vezes por exceder o foco em outro único personagem (que, às vezes, nem está tão bem desenvolvido).

Dé: Tenho minhas implicâncias com histórias mal escritas. E isso quer dizer de erros de ortografia (ok, esses são em sua maioria erros de edição mesmo) ou plot fraca.

Acho que não preciso explicar em relação a erros de ortografia, não é? Já erros gramaticais só irão me incomodar se me doerem os olhos. Na verdade, se não me doer os olhos, provavelmente nem irei perceber o erro.

Já plot fraca... Isso não tem perdão! O que é plot fraca? Basicamente seria qualquer coisa que tenha um rombo no roteiro maior do que eu, embora uma história completamente amarrada possa ser extremamente fraca, e mais de um(a) autor(a) já fez mais fama e dinheiro do que merecia com isso... E sim, todo mundo sabe de quem eu estou falando. xD

Dani: Acho que minha maior implicância são com plots muito clichês... Aquele tipo de história que já foi feito milhões de vezes, sempre da mesma forma. Se o autor pega uma historia dessa e ainda saca de fazer de uma forma diferente e original vá lá, mas odeio começar a ler uma história achando que vai ser uma coisa e no fim cair na mesmice de sempre. Nicholas Sparks da vida, coisas assim...


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