25 de fevereiro de 2011

Na sua estante: o exorcista





#052: O Exorcista
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23 de fevereiro de 2011

Clube do Livro (Fevereiro) - Muito Barulho por Nada



BENEDICT — Nada no mundo amo tanto como a vós; não é estranho isso?

BEATRICE — Tão estranho como tudo que desconheço. Eu também poderia dizer que amo coisa nenhuma tanto quanto amo o senhor; mas não me deis crédito. E no entanto, não estou mentindo. Não confesso nem nego nada. Estou desolada por causa de minha prima.

BENEDICT — Por minha espada, Beatrice, tu me amas.

BEATRICE — Não jure; antes, engula a sua espada.

BENEDICT — Juro por minha espada que você me ama; desse modo, obrigarei a engoli-la quem disser que eu não te amo.

BEATRICE — Não quereis engolir vossa palavra?

BENEDICT — Não, seja qual for a espécie de molho que possa ser inventado para o caso. Protesto que te amo.

BEATRICE — Deus que me perdoe!

BENEDICT — Por que ofensa, doce Beatrice?

BEATRICE — Interrompestes-me na hora precisa; eu me encontrava no ponto de protestar que vos dedicava amor.

BENEDICT — Fazei-o com todo o coração.

BEATRICE — Eu te amo com tanto do meu coração que não me sobra coração para declarar coisa nenhuma.


William Shakespeare - Muito Barulho por Nada


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21 de fevereiro de 2011

Presentes, presentes, presentes...

Recebi esse fim de semana um envelope da Dani, minha querida e amada desenhista, com presentes de Natal. Sem comentários sobre estarmos já em fevereiro - independente da data em que ela queira me mandar qualquer coisa que seja, pode ter certeza que solto fogos de artifício toda vez que tenho notícias da menina.


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Para ler: Sangue de Tinta



Sangue de Tinta dá seguimento à aventura de Meggie e seu pai, Mo, um encadernador de livros que tem o estranho dom de dar vida às palavras dos livros que lê em voz alta, fazendo seres das histórias surgirem à sua frente como que por mágica. No primeiro volume da trilogia Mundo de Tinta, a língua encantada de Mo traz à vida alguns personagens de um livro chamado Coração de tinta, e acaba mandando para dentro da trama a mãe da menina.

Agora, neste segundo episódio, Meggie dá um jeito de entrar ela mesma no mundo fictício de Coração de tinta, onde tem o prazer de encontrar fadas, príncipes e saltimbancos que dançam com o fogo; e o sofrimento de acompanhar as artimanhas de vilões cruéis e sem misericórdia. Uma jornada sombria, repleta de fantasia e aventura.


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18 de fevereiro de 2011

Na sua estante: lavagem de capitais





#051: Lavagem de Capitais
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17 de fevereiro de 2011

Conversas sobre o Tempo: fatos aleatórios

Olhando pela janela aqui, vejo nuvens se avolumando sobre o fórum. Não é figura de linguagem não: sinto que uma tempestade daquelas vem por aí. Espero que não esteja chovendo quando eu for sair, uma vez que quando saí de casa estava fazendo um lindo sol e, portanto, não trouxe um guarda-chuva.

Tudo o que preciso agora é de um resfriado.


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15 de fevereiro de 2011

Coruja Gourmet: Arroz soltinho




Hoje no CCPIC - Curso de Culinária para Pessoas Ineptas na Cozinha - conforme combinado a meses, vamos aprender a fazer o arroz branco soltinho e temperado de mamãe. Ela promete resultados realmente milagrosos, então, é ver para crer!


Arquivado em

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14 de fevereiro de 2011

Desafio Literário 2011: Fevereiro - Biografia e/ou Memórias|| Confissões de um Comedor de Ópio



As águas agora mudavam seu aspecto; de lagos translúcidos, brilhantes como espelhos, se transformaram em mares e oceanos. E então, aconteceu uma grande mudança, que, ao se desenvolver lentamente como um caracol, durante vários meses, proporcionou-me um tormento infinito e não me deixou antes de ter se desenvolvido até o fim. Até então, o rosto humano já havia entrado em meus sonhos, mas não despoticamente, nem com um poder especial para atormentar-me. Mas agora, o que chamo de tirania do rosto humano começou a acontecer. Talvez parte da minha vida em Londres possa explicar isso. Seja como for, sobre as águas encrespadas do oceano começaram a aparecer rostos; o mar parecia repleto de rostos, virados para os céus, rostos implorando, furiosos, desesperados, surgidos das profundezas aos milhares, por gerações, por séculos. Minha agitação era infinita, minha mente vomitava e movia-se como o oceano.


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11 de fevereiro de 2011

Na sua estante: os primos de Sofia





#049: Os primos de Sofia
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9 de fevereiro de 2011

Desafio Literário 2011: Fevereiro - Biografia e/ou Memórias|| As Cartas de J. R. R. Tolkien



13 de outubro de 1938
20 Northmoor Road, Oxford

Caro Sr. Unwin,

...Trabalhei arduamente por um mês (no período que meus médicos disseram que deveria ser dedicado a alguma distração!) em uma continuação para O Hobbit. Ela alcançou o Capítulo XI (mas em um estado bastante ilegível); estou agora completamente absorvido nela, e tenho todos os encadeamentos em mãos — e tenho de colocá-la completamente de lado, até não sei quando. Até mesmo o recesso natalino será obscurecido por manuscritos da Nova Zelândia, visto que meu amigo Gordon morreu no meio das Provas de Bacharelado deles, e tenho que terminar de avaliar os documentos. Mas ainda tenho esperanças de ser capaz de enviar a continuação para apreciação no início do ano que vem. Quando falei, em uma carta anterior ao Sr. Furth, que essa continuação estava “saindo de controle”, não o fiz gratuitamente. O que eu realmente quis dizer é que a história está seguindo seu curso e esquecendo-se das “crianças”, tornando-se mais assustadora do que o Hobbit. Ela pode mostrar-se bastante inadequada. É mais “adulta” — mas meus próprios filhos, que fazem críticas a ela tal como se encontra, estão agora mais velhos. Espero, no entanto, que o senhor julgue isso por si mesmo algum dia! A escuridão dos dias atuais teve algum efeito sobre ela, embora não seja uma “alegoria”. (Já recebi uma carta dos Estados Unidos pedindo uma explicação peremptória da alegoria de O Hobbit.)

Sinceramente

J. R. R. Tolkien.


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7 de fevereiro de 2011

Jane Austen no Jornal do Commercio

Pois é, abrindo as comemorações dos 200 anos de publicação de Razão e Sensibilidade de Tia Austen, o Jornal do Commercio publicou uma reportagem no caderno de variedades deste domingo sobre a autora, entrevistando nossa turma do JASBRA aqui do Recife.


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Para ler: O Livro dos Esnobes



Um dia, como eu disse, conheci um homem que, jantando em minha companhia, comeu ervilhas com o auxílio da faca. Ele era uma pessoa cuja companhia a princípio agradou-me muitíssimo... mas o problema é que eu nunca o tinha visto antes diante de um prato de ervilhas, e sua conduta em relação a elas causou-me a mais profunda dor.

Após tê-lo visto comportar-se daquela maneira, só me restou apenas um caminho - cortar relações com ele. Designei um amigo mútuo para resolver o problema com esse cavalheiro da maneira mais delicada possível, e dizer que circunstâncias dolorosas obrigavam-me a evitar intimidade com ele; e assim passamos a nos evitar de maneira ostensiva.

(...)

Durante quatro anos jamais murmurei a causa da minha desavença com Marrowfat a ninguém até o 4 de junho do ano passado.

Encontramo-nos em casa de Sir George Golloper. Fomos colocados, ele à direita, e este seu humilde criado à esquerda do grupo organizado para o banquete - patos e ervilhas verdes. Tremi ao ver Marrowfat servir-se, e desviei o olhar nauseado, temendo assistir ao disparo da arma em suas horríveis mandíbulas.

Qual foi o meu assombro, qual foi o meu prazer quando o vi usar o garfo como qualquer outro cidadão! Ele não manuseou o frio aço da faca uma vez sequer. Os velhos tempos voltaram rápido à minha mente... quase caí em lágrimas de alegria - minha voz tremeu de emoção. "George, meu rapaz!", exclamei, "George, meu querido amigo, um copo de vinho!"

(...)

Eu poderia tê-lo estreitado em meu peito, não fosse a presença do grupo de pessoas. Lady Golloper pouco sabia da causa da emoção que lançou o patinho que eu trinchava em seu colo de seda rosa. A mais bondosa das mulheres perdoou o erro, e o mordomo removeu a ave.

(...)

A propósito, como certos leitores são lentos de compreensão, posso muito bem dizer qual a moral da história. A moral é esta - a sociedade estabeleceu certos costumes, os homens são obrigados a estabelecer as leis da sociedade, e a se conformar com suas inofensivas regras.

W. M. Thackeray – O Livro dos Esnobes


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4 de fevereiro de 2011

Na sua estante: crise de insônia





#048: Crise de Insônia
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3 de fevereiro de 2011

Desafio Literário 2011: Fevereiro - Biografia e/ou Memórias|| O Clube do Filme



Eram tempos difíceis para David Gilmour: sem trabalho fixo, com o dinheiro curto e o filho de 15 anos colecionando reprovações em todas as matérias do ensino médio. Diante da desorientação e da infelicidade desse filho-problema, o pai faz uma oferta fora dos padrões: o garoto poderia sair da escola - e ficar sem trabalhar e sem pagar aluguel - desde que assistisse semanalmente a três filmes escolhidos pelo pai.

Com essa aposta diferente na recuperação e na formação de um rapaz que está "perdido", formaram o clube do filme. Semana a semana, lado a lado, pai e filho viam e discutiam o melhor (e, ocasionalmente, o pior) do cinema: de A Doce Vida (o clássico de Federico Fellini) a Instinto Selvagem (o thriller sensual estrelado por Sharon Stone); de Os Reis do Iê, Iê, Iê (hit cinematográfico da Beatlemania) a O Iluminado (interpretação primorosa de Jack Nicholson, dirigido por Stanley Kubrick); de O Poderoso Chefão (um dos integrantes das listas de "melhores filmes de todos os tempos") a Amores Expressos (cult romântico e contemporâneo do chinês Wong Kar-Way).

Essas sessões os mantinham em constante diálogo - sobre mulheres, música, dor de cotovelo, trabalho, drogas, amor, amizade -, e abriam as portas para o universo interior do adolescente, num momento em que os pais geralmente as encontram fechadas.


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1 de fevereiro de 2011

Para ler: Grave Peril

There are reasons I hate to drive fast. For one, the Blue Beetle, the mismatched Volkswagen bug that I putter around in, rattles and groans dangerously at anything above sixty miles an hour. For another, I don't get along so well with technology. Anything manufactured after about World War II seems to be susceptible to abrupt malfunction when I get close to it. As a rule, when I drive, I drive very carefully and sensibly.

Tonight was an exception to the rule.

The Beetle's tires screeched in protest as we rounded a corner, clearly against the NO LEFT TURN sign posted there. The old car growled gamely, as though it sensed what was at stake, and continued its valiant puttering, moaning, and rattling as we zoomed down the street.

"Can we go any faster?" Michael drawled. It wasn't a complaint. It was just a question, calmly voiced.

"Only if the wind gets behind us or we start going down a hill," I said. "How far to the hospital?"


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Sobre

Livros, viagens, filosofia de botequim e causos da carochinha: o Coruja em Teto de Zinco Quente foi criado para ser um depósito de ideias, opiniões, debates e resmungos sobre a vida, o universo e tudo o mais. Para saber mais, clique aqui.

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